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Resenha: Don't Stay Up Late, R. L. Site

  • Foto do escritor: Rapha
    Rapha
  • 8 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

Todo mundo gosta de sentir medo, é uma coisa básica do ser humano.

Imagem do blog Sarah in Zombieland

“Meu nome é Lisa Brooks e sou uma louca psicótica. Mas eu nem sempre fui uma maluca. Antes do acidente, eu pensei que estava indo bem. Minha família se mudou para Shadyshide em Fevereiro. Levei um tempo para me ajustar à nova casa, a nova cidade e a nova escola. (...) Mas em Abril, comecei a me sentir em casa. Eu estava fazendo amigos. Saralynn O’Brien e eu estávamos saindo muito juntas. Eu tinha até um namorado em Abril: Nate Goodman. As vezes saíamos só nós dois. As vezes, era como na noite de 12 de Abril, quando fomos no Lefty’s atrás de hamburgers, com Saralynn e o amigo do Nate, Isaac Brenner. Sim, eu me lembro da data exata. 12 de Abril. A noite do acidente. A noite de tanto horror. A noite em que me tornei uma lunática total.”


Lisa acabou de mudar para Shadyshide, junto com os seus pais e seu cachorrinho Morty. Apesar de estar apreensiva no começo, por ter deixado muitos amigos para trás e não conhecer ninguém na nova cidade, logo já começa a interagir e fazer novas amizades, saindo com eles.


Lidando com seus pais super protetores, que adoram atrapalhar sua vida social, tudo ia bem normal até o dia 12 de Abril, quando sofre um acidente de carro que muda sua vida: Torna-se uma garota totalmente assustada que começa a ver coisas que não deveria ver.


Estilo inegável do Stine, um clássico horror infanto-juvenil, que não dá medo de verdade (nem por isso deixa de ser bom). Lisa é incrivelmente dramática (e até um pouco insuportável as vezes) como a maioria das personagens desse gênero, mas os capítulos sempre terminam com aquele gancho que vão nos fazer ler o próximo, como “e então algo toca meu ombro e levo um susto ao me virar para trás.”


O livro integra a coleção A Rua do Medo, que possui em média uns 50 livros de até 150 páginas, tendo como foco sempre essa rua sinistra, localizada na cidade de Shadyshide que sempre envolve os alunos da escola em situações um tanto estranhas. Tanto que a rua virou lenda urbana entre as crianças de lá.


“Você vai ver. Se parece com uma rua normal. Casas normais. Pessoas normais. Mas não é normal... nem um pouco. (...) Existe uma verdadeira maldição naquela rua. Não é piada. Não estou inventando.”


Lisa, sortuda que só ela, conseguiu um emprego de babá, e adivinha só aonde? Isso mesmo, na temida Rua do Medo. E claro que ela ignora os avisos de seus novos amigos e decide ir mesmo assim; até porque o mundo não é só mar de rosas e o dinheiro ajudaria muito. Lá ela começa então a trabalhar para Brenda Hart, mãe da criança mais linda é dócil do mundo: Harry, de apenas oito aninhos.


Harry estuda com a sua tia no período da manhã, devendo Lisa pegá-lo depois da escola e cuidar dele até que Brenda chegue, por volta das 21 horas da noite. Um anjinho, que adora jogar vídeo-game e curte livros de aranha, a única dificuldade de Lisa é colocá-lo para dormir. Segundo sua mãe, Harry fica muito agitado e um tanto difícil quando não dorme direito, por isso é estritamente recomendado que ele esteja na cama até as 20 horas. E claro que todos os dias ele ignora isso e pede para ficar acordado até tarde.


Quem leu até aqui já está pensando “pronto esse menino é o cão, nunca acredite em crianças fofinhas!” e realmente é o que fica na nossa cabeça por um bom tempo, já que coisas estranhas começam a acontecer na casa. Mas indo além, o autor também brinca com a idéia de que Lisa é nova e não conhece ninguém muito bem na cidade, então ela fica extremamente paranoica e começa a desconfiar de tudo e todos (em minha opinião, o melhor tipo de terror).


“A polícia não acredita em mim. Minha mãe não acredita em mim. Ninguém acredita em mim. Eles acham que eu sou louca.”


E mais que recomendo para ler em inglês. Sério, toma vergonha nessa cara e pega pra ler. Facinho de achar em pdf na internet, com capítulos curtos e um suspense que vão te grudar até acabar o livro. Ótimo pra quem está começando ou até mesmo para curar aquela ressaca literária.


A história se mostra um pouco previsível e é até mais do mesmo, em questão desse gênero. Ainda sim, o livro te prende. Vou parando por aqui porque não dá pra dizer muito da história sem estragar o final. Compensa mais eu deixar vocês curiosos, e quem sabe te fazer engolir o livro como eu fiz.




Nota do livro: ✩✩✩

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